quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Uma carta de Natal diferente


Recebi essa carta da minha mãe... ela me fez rir, chorar, pensar, rir novamente e chorar....
Quero compartilhar essa riqueza com vocês pois compartilho dessas idéias :)
Beijos compartilhantes




22 de dezembro de 2009

Carta para pessoas do meu bem querer


Há muito tempo os meus pais me repreendem e riem da minha viagem, “voação”, “lerdisses” e distrações. Há muito tempo meus (minhas) amigos(as), parentes, colegas de profissão, pessoas com as quais eu compartilho trabalhos também acham graça dessa minha maneira de ser: sem atenção. Maneira meio desligada de olhar o mundo. Engraçado que também sou considerada um tanto ligada na tomada. Dois extremos. Duas margens opostas. Ainda farei uma travessia. Quero a terceira margem.

 A verdade, se é que ela existe, é que acho bonitos os ipês quando estão floridos, totalmente brancos como se quisessem explodir de tanta coisa que têm a falar. Nesses momentos (Clarinha, Paty, Patinha, Iara) é que tiro a mão do volante e quase coloco a vida de vocês em risco. (risadas lacrimais) Só por ficar “ainda” estupefata diante dessas coisas que existem do lado de fora. Ainda.

O cartão de crédito na geladeira talvez seja o meu inconsciente querendo congelar as relações de consumo.  A escovação dos dentinhos da clara com hipoglós, pode ser um jeito de dizer a ela de forma não convencional que podemos usar os objetos do mundo de um outro jeito. Desculpas a parte para essa “voação”. O mundo é chato demais às vezes. A gente acaba criando estratégias de sobrevivência.

Eu não queria dar presentes para ninguém neste natal.  Ainda estou pensando se   vou ter que fazer isso para não estragar as convenções e as expectativas impostas pela TV e pelas tradições.  Há muito tempo tenho pensado em outras formas de dar presentes. Não gosto de comprar coisas porque a tradição e a TV me mandaram fazer isso. Eu gosto muito de dar presentes fora das temporadas. Estou bem farta de obediências a essas regras sociais. Eu prefiro sair com você, ir pra uma praça e ler-te calmamente um poema concreto que seja. Depois a gente toma um sorvete ou um café, ou um chá. Só para mudar as regras. Só para tentar alternativas às relações de troca que estabelecemos com o(a) outro(a). Algo está errado. Parece que se a gente não comprar para presentear no natal, a gente é sem educação, sem fineza, sem amor ao próximo, sem atenção.

No ano passado eu e o Du, meu chuchuzinho, fizemos geléias de acerolas e distribuímos para nossos amigos, parentes e afins. Foi um ato de cuidado e amor. Acreditem! Mas sei que não foi um presente esperado. Talvez alguns nem tenham experimentado, de repente a geléia até se perdeu na geladeira, talvez alguns tenham gostado ou achado criativo esse ato de fazer e dar geléias. Outros tenham esperado algo mais. Mas a verdade é que essa época não me deixa eufórica, feliz, cheia de presentes pra dar. Essa época me faz pensar nas relações. E eu quero outras relações. Não posso impor isso a ninguém, mas faço votos que possamos nos entender por outras vias.

 Outra coisa viu, Não quero saber de jantares e ceias à meia noite. Isso é muito chato. Quero te dar um beijo. Não à meia noite porque é natal.

Teve uma época na minha vida, uma infância talvez, que as festas de natal me davam uma alegria e euforia imensas. Mas hoje eu acredito, pelo passar dos anos, que isso se dava pelos encontros que minha tia Delma e minha Vó Ester ofereciam. Na verdade, os presentes eram detalhes sem importância. A tia Delma me oferecia a oportunidade de fazer música, poesia, teatro e dança no natal. A idéia era encontrar. Como eu era pequena, não sei bem ao certo se por traz disso os adultos se debatiam ou escondiam suas fragilidades, se ofendiam ou sei lá o que e a quê “IAM”... O fato é que minha diversão era nascida e renascida pelo encontro. Hoje, a tia Delma faz isso pela interntet. Ela tem um blog! Ela é generosa. Põe ali tudo que conheceu que vê, que sente, compartilha notícias, relembra fatos, se indigna, se emociona. Acho bonito quem tem um blog, não para falar de si somente, mas para fazer compartilhamentos de vida.

Olha tia Delma, vou te dizer uma coisa: Esse é o seu presente para as pessoas. Não se incomode em ter que dar presente mais pra ninguém na sua vida. Nem mesmo para seus netos. Esses são os presentes que vamos ganhando na vida. Obrigada tia Delma. Não vou te dar presente, mas posso sair com você um dia desses e ler ou dançar pra você um poema, um Hai Kai... Quer?

Posso fazer isso com e para cada um de vocês aos quais eu dedico essa carta. Depois de certa idade, não dá mais pra fingir que o tempo não passou. Não dá mais pra fingir que não gosto disso, mas vou fazer para agradar, para não sair das convenções. Posso me dar a esse desfrute. Qualquer coisa, alguém se desculpa por mim: “Ela é assim mesmo. Artista é assim mesmo”. Ou, voltando ao início da carta: “Ela é desligada”!

Eu acho os ipês simplesmente indescritíveis na seca do cerrado. Largo a mão do volante por não conseguir me dar conta desse milagre. Para mim, milagre é isso. Isso é melhor que qualquer outro presente. É sério mesmo. Eu sinto isso.

Posso sair com você um dia desses e ler um poema no banco da praça, eu posso te convidar para um pão com geléias na minha casa, posso dançar uma haikai para você: só pra você. Posso te dar o que eu tenho de mais sincero. Aquilo que sei fazer, aquilo que acredito que vai nos colocar mais em contato com o “ser”.

Podemos assistir um vídeo lindo juntos(as). Minha sugestão, mas topo outra: “Crianças invisíveis”. Pode pegar na locadora, se você não tiver tempo para assistir comigo. É indescritível.

Não vou te dar presente comprado na loja. Nem espere. Eu me disponho a estar perto de você para falar de sustentabilidade humana. Preste atenção. Eu não vou te dar nenhum presente.

Minhas queridas filhas: Branca e Preta. Genros também: o que vocês preferem? Um poema no banco da praça, um haikai, um picnic no quintal da casinha, uma conversa longa ao telefone ( com a preta e com o Caíque tem que ser assim) sobre a vida, sobre a farra das cachorras aqui de casa?

Gente, as três cachorras: Sá, Brisa e Bela são divertidíssimas e não esperam nenhum presente meu, a não ser meu afeto sincero. Isso é tudo. Parei de comer carne vermelha e frango esse ano por causa delas. Elas me olham com um amor sem fim.

Preta: posso ler pra você um poema ao telefone. Ou dançar um haikai por vídeo conferência. Ou ainda, melhor ainda: podemos rir ao telefone, horas a fio. Isso é simplesmente regenerador. Ouvir sua risada não tem nenhum preço do mundo que pague. Então vamos fazer uma troca: Você ri e eu te conto algo que possa te servir de apoio, de alegria. Vamos continuar fazendo nossas conversas ao telefone, pela interntet ficarem cada vez mais sensoriais. Não vou comprar nada pela internet. Acreditem! Só vou usá-la para encontrar, “encomprar” nem vê@!

Olha. A todos vocês aos quais eu endereço essa carta. Não me levem a mal, nem me achem mal educada. Mas começo hoje, a colocar em prática os pequenos discursos que vou fazendo ao longo dos anos em reuniões familiares, profissionais, em conversas preciosas com amigos. A vida para o consumo não me atrai. Eu quero mais. Quero o calor e a energia da sua presença. Quero o compartilhamento sem nenhum interesse extra. Quero ler pra você um poema. Dançar pra você um haikai.  Não é papo furado, ou conversa mole, ou romantismo barato, papo de artista. Eu quero mais, muito mais que esse tédio de TER QUE... Quero “SER TÃO: Travessia perigosa”.

O Du... com esse eu nem preciso me desculpar. Ele nunca acreditou em papai noel mesmo.Nunca deu importância de fato para isso. Então, para ele o meu amor porque ele é culpado por eu ir mudando e “Sendo” sem ter que...

Um abraço grande, farto e gordo. Fica aqui meu convite natalino.  Posso mesmo ler um poema no banco da praça ou dançar um haikai só pra você!

Fe com fé na filósofa tia do docinho aqui de UDIA: um dia vai dar certo!




terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Mais uma feliz descoberta !

Mais uma vez minha sogrinha me apresenta uma escritora, me encantei, e compartilho!

  
Cristiane Lisboa



Se quiser ser feliz, dê instruções para iludir seu relógio, deixe as cortinas cerradas e ache graça no reflexo roxo que ela faz na parede branca. Renda-se ao arrepio, ao sorvete de flocos como café da manhã e chore. De rir. Só para variar os tempos. Fale de pinguins, alimentos azuis, castanhas na brasa e pintas novas espalhadas pelo corpo. 


Encha a banheira até transbordar e lá dentro despeje meio litro de água de flor de laranjeira. Dizem que é para aromatizar mingaus, mas quer coisa mais doce, aveludada e branquinha que a tua pele? 


Quebre três copos para abrir os trabalhos, coloque Katia b – Só deixo meu coração na mão de quem pode – para tocar e dance usando apenas roupão japonês de seda falsa, porém quase tão boa quanto a original. Não faça planos e nem aceite pedidos, mas aproveite a boca, a língua, o gosto. Tire a cabeça de dentro de água, diga yes, baby só por esporte, permita que o vento remexa no emaranhado destes teus cabelos e que ele se esconda debaixo da tua saia para fugir do mundo. 


Esqueça que foram negros tempos, que descobriste um potencial de dor antes desconhecido, que só há moedas na tua bolsa e que há quem escolha a falsa paz no lugar da espada. Quem quer ser feliz, é. Simples assim. O que fica entre uma coisa é outra é um rio de água barrenta, fria, com sangue-suga rodeando as pedras cheias de arestas afiadas. Mas te garanto – já fui e voltei tantas vezes – que nem dói tanto assim passar por ele. 


Do outro lado da borda vai estar com arranhões que cicatrizam com dois beijos e um frio que passa já nos primeiros raios de sol. O mais difícil é decidir. Mas hoje é o primeiro dia de primavera. E que sejam iniciadas as comemorações. Os cavalos marinhos estão a postos.

Mais uma vez.... o tempo

Fiquei sumida mesmo.... tive até alguns amigos que acharam que eu tinha sido abduzida, raptada.... e fui....heheheh.... pelo tempo, e não me dei conta de quanto tempo eu fiquei longe. 


Cá estou eu retomando à calmaria, de férias da faculdade por um mês, com um balanço relativamente razoável em relação às minha expectativas, sensação de dever cumprido. 


Eu sobrevivi à prova de fogo! Sinto orgulho de mim, vocês ouviram?


EU ESTOU ORGULHOSA DE MIM ! 


 Isso é uma conquista, é a minha conquista... é uma delas e eu compartilho com vocês :)


Estou sentido saudades, como sempre.... mas faz parte dessa escolha conquistada, eu já sabia disso.


Só agradeço a oportunidade...


De ser feliz!

domingo, 15 de novembro de 2009

uma música pra vocês



O Seu Olhar

Composição: Paulo Tatit / Arnaldo Antunes

O seu olhar lá fora
O seu olhar no céu
O seu olhar demora
O seu olhar no meu

O seu olhar seu olhar melhora
Melhora o meu

Onde a brasa mora
E devora o breu
Como a chuva molha
O que se escondeu

O seu olhar seu olhar melhora
Melhora o meu

O seu olhar agora
O seu olhar nasceu
O seu olhar me olha
O seu olhar é seu

O seu olhar seu olhar melhora
Melhora o meu

Sugestões à parte :


Mais uma sugestão...




Beijos concordantes ;)

A estação da Alma

Que bela farsa eu sou... faz quase um mês que não escrevo no blog, acho que meus seguidores vão me abandonar.... se já não m abandonaram né?!

Me dei conta que já fazem dois meses que estou em Lyon, que voltei a estudar, que mudei minha rotina, que convivo com outras pessoas, que sinto saudades, que tenho novos anseios e novos sonhos e expectativas... me dei conta que o tempo passa tão rapidamente que não temos tempo de nos darmos conta antes... bizarro não?! eu sei... estou filosofando demais, ou melhor, viajei na maionese né? faz parte... hehehe...

São os efeitos do Outono que chegou de vez, são as folhas dançando no vento e repousando e se acumulando nas calçadas, é o dia que termina às 17h30 da "tarde" que já virou noite, são os espíritos melancólicos chegando, é o meu aniversário se aproximando, as festas de fim de ano, o frio, o vento, a chuva, o SEM (sempre em movimento), a saudade presente.... mas não se assustem, isso também faz parte desse processo de transfomação e eu estou me adaptando aos poucos, fazendo ficar confortável os cantos, os espaços, os olhares, os dias.... Não se preocupem, hoje é um dia atípico... estou naqueles dias, se é que minhas amigAs entendem... e hoje está nublado e frio... parace um cenário perfeito pra nostalgia.... é.... hehehe...


Sinto saudades e ouvi dizer que o Outono é mais estação da alma que da natureza.... concordo! Hoje eu me encontro bem nessa estação, e você?



Não prometo mais nada... mas registro que da próxima vez quero escrever coisas mais alegres :)

E quero também que a próxima vez seja mais breve!


Que seja!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sugestão - "Mania de explicação"

Outra escritora que sou fã é a Adriana Falcão, foi a sogrinha Maria Neusa que me apresentou. Fiquei totalmente indefesa, ela me conquistou!

Ela seduz tanto quanto a Martha Medeiros :)


Esse é um trecho do livro dela "Mania de explicação" - vale a pena adquirir !


Beijos explicativos, Iara








domingo, 25 de outubro de 2009

Poesia uma hora dessas ?

Adoro a Martha Medeiros e seus textos, e os contos e a forma sedutora com que ela escreve.

Recebi esse texto essa semana da minha sogrinha, Maria Neusa, que tbm é fã dessa escritora.

Compartilho aqui com vocês e espero que gostem!


(apresentando tbm Elisa Lucinda - atriz e escirtora - e Rubem Alves - outro grande escritor )

Beijos compartilhantes e concordantes,
Iara



Por Martha Medeiros*

Peguei emprestada a expressão que o Verissimo usa para apresentar seus poemas. É que eu quero falar justamente sobre poesia, um assunto que me parece emergencial, apesar de que tudo leva a crer que não é o momento. Gente morrendo por causa da gripe H1Nl, o Sarney insistindo no "daqui não saio, daqui ninguém me tira" e psicóloga se dedicando a "curar" gays, francamente: poesia numa hora dessas?

É que estive no Rio duas semanas atrás e, além do divertido e caloroso encontro com os leitores aqui da revista para comemorar os cinco anos desta publicação, participei também de um recital poético organizado pela escritora. e atriz Elisa Lucinda em sua Casa Poema.

A Casa Poema nada mais é do que uma utopia levada a cabo. Elisa mantém uma casa antiga em Botafogo onde ela ensina pessoas a ler poesia, dizer poesia (o verbo "declamar" é proibido) e gostar de poesia. Promove bate-papos com escritores, faz audições públicas da obra de inúmeros autores brasileiros, abre espaço para pequenas apresentações e para sessões de autógrafos, tudo de forma muito afetiva e sem luxo. Só pelos serviços prestados, a Casa Poema deveria ser tombada pelo Patrimônio Histórico. E Elisa deveria ser tombada junto, porque o que ela faz é suprir uma carência dos nossos currículos escolares: ela educa para a sensibilidade e os sentidos.


Elisa me deu de presente o livro que transcreve o encontro que ela teve na mesma Casa Poema com o escritor Rubem Alves. Corra e adquira o seu, foi lançado pela editora 7 Mares. Nesse livro, Elisa e Rubem discutem sobre o desserviço que é obrigar uma criança a ler um livro de que não gosta, sobre o poder que a arte tem de transfigurar maus destinos, sobre o quanto a poesia pode ensinar tudo (geografia, história, matemática) e como não há jeito de se reter conhecimento se não houver emoção. E eles vão mais longe: acusam os professores que empurram livros goela abaixo de seus alunos sem eles mesmos estarem "tomados" pela beleza e importância do que estão recomendando, e aí, lógico, não conseguem ensinar o prazer da leitura.

Aliás, é bom lembrar que encantamento deve começar em casa. Não é à toa que as crianças que ouviram seus pais contando histórias são as que, quando adultas, mais se sentem atraídas pelo universo mágico da literatura.
Escutar um poema. Falar um poema em voz alta. Perceber seu ritmo, sua música, sua comunicabilidade. Elisa Lucinda tem o talento de transformar qualquer verso em algo fácil e acessível. Ela prova por a + b que poesia não precisa ser um troço chato. Quando uma amiga lhe telefona contando sobre uma dor íntima, Elisa saca na hora um poema para ajudá-la a entender melhor o que está sentindo. Elisa é uma outra espécie de doutora: prescreve poesia. Um Tamiflu emocional que ela distribui generosamente.

Mas poesia logo agora que a bruxa está solta no espaço aéreo, que há censura aos veículos de comunicação na Venezuela (e, em alguns casos, aqui também) e que os políticos estão perdendo as estribeiras e deixando caírem suas. máscaras em plenário?

Pois é, me pareceu um momento oportuno.

Uma feliz descoberta

Estava olhando o perfil de uma "primamiga" de alma,

e encontrei um video

simplesmente emocionante...


Faço questão de compartilhar com vocês!

e ainda estou ouvindo

a "barulheira" que a saudade tinha !







Iara en petits mots

Iara Fonseca Schmidt est artiste. Danseuse, claquettiste, chorégraphe, chanteuse, enseignante de claquettes, conscience corporelle et danse contemporaine.

Elle s'est spécialisée dans les claquettes et la danse contemporaine avec des maîtres Jason Samuels Smith, Chloé Arnold, Michelle Dorrance, Gene Medler, Barbara Duffy, Tony Waag, Germaine Salsberg, Fernanda Bevilaqua, Wagner Schwartz, Lenira Rengel et Cláudia Müller.

Elle a participé en 2005 à des stages de claquettes et de chants pour comédies musicales au « Broadway Dance Center », New York (USA). Elle a participé comme danseuse et claquettiste professionnelle de Uai Q Danse Cia dans des Festivals d'importance internationale et comme chorégraphe a reçu des prix dans les principaux festivals du Brésil.

En 2005 elle a intégré la faculté de musique – chant - à l'Université Fédérale d'Uberlândia, Minas Gerais, Brésil et depuis septembre 2009 poursuit ses études à l'Université Lumière Lyon 2 en cours d'Arts du Spectacle.

Voltei inteira...


Voltei inteira!

Passei muito tempo sem escrever, não vou mentir, nem enrolar... por vezes foi preguiça ( manter um blog não é nada facil rsrs) e por vezes nada a declarar... sim, quando estamos desse lado de ca, também temos rotina e nem sempre novidades! Mas hoje vou dar uma abreviada nos acontecimentos desde a ultima vez que escrevi. Fiquei em Lyon durante quase 5 meses, de março a julho de 2009, conhecendo, futucando, pesquisando, "preguiçando", dançando, cantando e compartilhando. Dei meus pulos e ja era chegada a hora de retornar para o pais verde e amarelo, então dia 20 de julho de 2009 eu estava pegando o vôo em Paris rumo a Sampa (e pode pode parecer meio repetitivo mas chorei ao me despedir do Caique - ainda em lyon - , eita que a sadade é um bichim complicado viu! rsrs).

Cheguei em Sampa às seis da matina e a Tia Samira me buscou, delicia de reencontro! passamos na padaria e comi pão de queijo (detalhe que ainda não era o mineiro, mas tava valendo do mesmo jeito), fomos pra casa dela e como de costume tomamos um delicioso café da manhã, com direito a "reviver" o sabor do petit déjeuner à la brésilienne, depois BANHO e CAMA heheh, sim depois das longas 12h de viagem (ao lado do banheiro do avião) eu deitei na maravilhosa cama aconchegante da Tia, e dormimos até nem sei que horas. Passei um dia e meio com ela em Sampa e foi muito gostoso!

Dia 22 de julho às 20h eu estava chegando em Uberlândia... a hora mais ansiosa de viagem que eu tive, mas depois de reencontrar a FAMILIA tudo sossegou .... inevitavelmente choramos a saudade que sentimos... depois... so alegria e fomos comer pizza :) minhas amigas queridas Pri e Silvinha (o kiko tbm) estavam la, como de costume (amizades duradouras e confortantes). Foi uma noite muito especial... rever Mamys, Dudis, Papys, Rey, Gopal, bubui, Gê, Paulinha, Vo Maria e Vô Nelson, Vo Eleuza, Biza, Sueli, Tio Fa e jompas... um reencontro amoroso!

Depois disso fui reencontrando outros amigos e claro, minha segunda familia: Uai Q Dança. Que delicia ver os alunos,os professores, a escola, o ritmo, a adrenalina, o calor, o clima aconchegante e feliz dessa familia especial.... matar essa saudade foi bom demais!!!

Passei um mês e meio corrido, feito um estrela cadente que passou, tive tempo e não tive, fiz coisas e muitas outras não fiz e percebi naqueles dias que o Tempo é precioso demais. Tirar o visto de estudante foi uma novela para toda a vida.... muitas historias... e a volta para Lyon foi uma aventura e por hora um pesadelo que acabou me ensinando muitas lições!


Hoje, dia 25 de outubro de 2009, ja estou de volta à Lyon ha quase dois meses e sinto saudades, alias, saudade ja virou meu segundo nome (é o que costumo dizer), mas estou extremamente feliz. Voltar a estudar tem me dado uma alegria tamanha, conhecer pessoas e fazer amizades tbm é um dos meus "lemas" aqui, e felizmente tenho uma amiga equatoriana muito querida, Gabriela!

Conhecer também aquilo que gosto de estudar tem me dado um prazer inexplicavel, estou orgulhosa de mim mesma e isso ja vale pelo menos a metade do esforço. Estou orgulhosa de tudo o que passei e me sinto pronta para dar os proximos passos, e isso me faz incondicionalmente feliz :)

Estou bem e quero compartilhar com vocês um pouco de cada dia que passo por aqui... o outono chegou e com ele os ventos e as folhas secas cobrem os nossos dias e os nossos olhares, a experiência de ver as estações do ano chegarem é emocionante e essa emoção me faz acreditar que vale pena cada segundo que passa... sinto saudade, de tudo e de todos, mas guardo todas as boas lembranças num cantinho bem especial dentro de mim, e continuo caminhando!

Quero fazer desse blog mais um ponto de encontro... então vamos compartilhar juntos!

Prometo não demorar tanto a voltar a escrever aqui! beijos felizes, saudosos, nublados de outono...


inté ;)






terça-feira, 30 de junho de 2009

Encerrando ciclos e abrindo novos caminhos


Hoje dia 30 de junho de 2009 - ultimo dia do mês.
Aqui na França sinônimo de preparação para as férias longas ( de verão) ,
para eles o fim de um ano e em Setembro tudo recomeçando....
Bizarro?! SIM....heheh






Ontem foi meu ultimo encontro com as minhas companheiras de dança contemporânea na Cie. de la Chiourme - uma possibilidade feliz que me aconteceu desde a minha segunda semana de estadia aqui em Lyon. Dia 9 de março de 2009 às 9h da manha foi o meu primeiro ensaio com a Compagnie, conheci finalmente a Gabrielle ( ser simplesmente encantador), assim como a Nathalie que é a diretora da cia., e as outras integrantes: Emilie, Celine e Sonia. Passamos mais de um mês ensaiando o trabalho dos Elfos para o Carnaval aqui, que à proposito foi uma experiência muito bacana, e depois desse periodo intenso de ensaios todas as segundas e terças das 9h às 11h e às vezes até às 14h..... ficamos mais de um mês paradas (isso eu ja contei na minha primeira postagem do diario de bordo), voltamos no final do mês de Maio e finalizamos nossos encontros semanais ontem. Brindamos a possibilidade desse encontro e agradecemos a oportunidade do convivio. Abri meus caminhos da dança aqui com a Compagnie de la Chiourme, e fico feliz com os frutos colhidos...percebo que a dança esta em mim e minha morada também esta comigo, ela sempre vai estar por onde eu estiver..... As possibilidades me rodeiam e sinto que novas portas se abrem para que o caminho siga seu fluxo..... deixo as aguas percorrerem a rota destinada sem pretenções ou expectativas, deixo elas me guiarem e aguardo em paz e ciência (paciêcia) aquilo que ja esta predestinado.

Agora o momento é de encerrar os ciclos, atravessar pontes e aguardar os novos caminhos.

"Não apresse o rio, ele corre sozinho"

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Capitulo Primeiro: conhecendo (revendo também) pessoas e .... dançando com elas

Lyon é uma cidade encantadora e aqui em Villeurbanne
( onde estou morando - uma cidadezinha que faz parte da Grande Lyon),
em Charpennes (tipo o bairro) é simplesmente adoravel!


Conhecer e aprender a viver aqui tem sido uma experiência fantastica...
desde o seu inicio....


Na segunda semana ja me vi dançando na Compagnie de la Chiourme, na qual o Caique estava fazendo um estagio para o mestrado e uma nova amiga, Gabrielle (apaixonada pelo Brasil), também dançava nela.... e no fonal do mês de março, no Carnaval de Lyon, la estava eu de Elfa, dançando para um mooonte de crianças, e pais, e franceses, e desconhecidos.... mas enfim..... na arte nossa de cada dia!
Depois da apresentaçao a Cie de la Chiourme ficou mais de um mês em stand by.... e durante esse tempo eu estudava meu francês e me preparava para participar de dois festivais de sapateado, um no final de abril em Stuttgart na Alamanha e outro no inicio de maio em Montpellier, no sul da França.

Em Stuttgart encontrei a minha madrinha querida, Chris Matallo e o Gilbert.... além dos queridos Jason e Chloe.... foi um fim de semana especial.... nos divertimos muito e sapateamos, claro! Conheci pessoas extrordinarias de todas as partes da Europa e o festival foi bom para fazer um primeiro contato com o sapateado daqui. Conheci um francês muito simpatico que trabalhava na organizaçao do evento (acrditem, nem todos eles sao antipaticos) , o Alan... uma figura, peça rara que adora o Brasil e fala um pouco de português..... hehehe.... fui embora com saudades....
Mas nesse momento eu ja sentia uma outra saudade me pegar de cheio e lembrava do Uai Q Dança com uma dorzinha irritante no peito.... uma vontade de estar na sala dando aula para meus alunos queridos e de dançar na Cia com as minhas companheiras de venda..... da familia nem preciso dizer, era uma saudade sem limites.... e por varias vezes chorei um rio de lagrimas.....

Duas semanas depois estava indo para Montpellier, onde tive uma experiência fantastica : Couchsurfing (www.couchsurfing.com). Naooooo!!!! isso nao é um esporte radical.... longe de mim fazer essas maluquices....hehehe..... eu estava mesmo me hospedando na casa da Lucy, uma francesa mae da Eleonor e do Clarence, duas crianças fofas... e ainda conheci duas canadenses de Quebéc que tbm estavam hospedadas la. Passei 3 dias muito divertidos por la e o Festival de Sapateado foi incrivel.... conheci pessoas adoraveis e encontrei com o Steven Harper ( que uma semana depois eu encontraria tbm em Lyon) e mais uma vez com o Jason ( que em Stuttgart me avisou que estaria nesse festival). Foi muuuuito gostoso e fiz amizades por la, adorei o clima do festival... e isso me fez lembrar com saudades da Semana do Tap!

Nesse momento meus telefonemas para Uberlândia se tornaram mais frequentes e eu estava por dentro de tudo o que acontecia com a décima primeira Semana do Tap.... estava feliz, via que tudo corria muito bem e sentia saudades da adrenalina que eu sentia com os preparativos e até dos "abacaxis"..... heheh.

No fim de semana seguinte, eu ja estava participando de um workshop do Steven, aqui mesmo em Lyon. Mas, mais do que participar eu estava dentro da programaçao daquele fim de semana na escola da Henriette, pessoa adoravel que conheci e que me convidava para dar uma iniciaçao ao samba na noite do jantar brasileiro: feijoada! ( mas nada que me fizesse lembrar do que é realmente uma feijoada...hahaha) .
Os franceses sambaram sim.... e bem, na medida do possivel é claro, mas fiquei satisfeita e vi os olhos brilharem - eles conseguiam sambar! Depois ao som do violao do Caique cantei algumas das nossas musicas e escutei de uma francesa que eu acabava de mudar o conceito (para ela) da musica popular brasileira.... ela começava a apreciar a musica do Brasil! Fiquei feliz e finalizamos aquela noite com uma breve jam session..... O fim de semana terminou com mais contatos e novas possibilidades, amizades surgiriam daquele encontro feliz!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Ação - quando, como, onde ?


Depois de me cortar nas primaveras,
voltei inteira e resolvi encarar esse blog de um outro ponto de vista....



Venho compartilhar com vcs aquilo que tenho vivido desde o dia em que cheguei aqui .... do outro lado do Oceano... " andei por mares e ladeiras, atravessei milhares de fronteiras..." e vim publicar em doses homeopaticas (ou seja, não me cobrem rapidez) como se passaram as estações contrarias do hemisfério sul :)

Cheguei em Paris no dia 27 de fevereiro de 2009 (sexta-feira) no Aéroport Iternacional Charles de Gaulle por volta de 14h horario local - senti uma felicidade sem fim de encontrar o Caique e pisar em terras desconhecidas (por mim). Passamos um fim de semana adoravel e inesquecivel na Maravilhosa Paris! Visitamos :l'Arc du Triomphe, Champs Elisées,Tour Eiffel, Musée d'Orsay, Notre Dame, Louvre, Notre Dame novamente (é a fixação do Caique....heheh), Musée de L'Orangerie e para fechar com chave de ouro..... mais uma "promenade dans l'avenue Champs Elisées" de noitinha.... bastante frio...... mas uma despedida encantadora!


Na segunda-feira dia 2 de março de 2009 chegamos em Lyon depois de duas horas de viagem de TGV, conheci o pequeno (mas hoje aconchegante lar doce lar) mazanino que eu viveria durante 5 meses, fizemos nossa primeira refeição depois de uma breve arrumação e a labuta começaria no dia seguinte....





momento numero um : a chegada!


Para ver mais fotos entre: www.levoilauai.blogspot.com
esse blog é inicialmente do Caique, mas agora eu tbm sou colaboradora, então aproveitem!

beijos saudosos e até breve!


sexta-feira, 20 de março de 2009

Iara Fonseca Schmidt

Sou artista, natural de Uberlândia- Minas Gerais. Brasil.

Sapateadora, cantora e pesquisadora da dança.

Encontro-me atualmente em Lyon- France. Estudando, pesquisando, dançando e conhecendo.



Cá estou eu

Olá para todos e todas!

Quero trocar idéias e contar novidades daqui, de lá e acolá!

Encontro-me em Lyon - França. Estejamos juntos(as).

Abraços dançantes!

Iara